Rolamos pergaminhos

À escrivaninha. 17°C lá fora. Tarde nublada, chuvinha fina e frio demais para meu gosto.

Este post participa do projeto *BEDA, e me propus a postar sobre livros e literatura no mês de agosto.


Para o vigésimo terceiro post participante, vou compartilhar uma experiência que tive durante a pandemia.

Como muita gente, embrenhei-me em cursos e atividade online a fim de manter minha mente ocupada e atenta.

Um dos cursos que fiz chamava-se “As Obras-primas da Literatura Mundial: Ficções do Mundo Moderno“.

Confesso que me diverti muito, além de aprender (ou reaprender) conceitos sobre algo pitoresco que ia encontrando neste mundo da ficção literária.

Tecnologias antigas vs atuais

É muito interessante observar, na Literatura Mundial, como as tecnologias de escrita antigas se reproduzem nas atuais. Ao estudar este tema, impressionou-me como experimentamos mudanças incríveis nas tecnologias de escrita e de leitura.

É importante pensar sobre tecnologias de escrita e literatura ao mesmo tempo. Em como a literatura é distribuída e como é lida. O que importa se uma história está escrita em argila, ou em papel, ou em pergaminho? A facilidade de distribuição e a disponibilidade da leitura. Mais pessoas lendo é muito interessante.

O papel democratizou a literatura

Uma das tecnologias cruciais – o papel, diferente do pergaminho e da argila, reduziu basicamente o custo e a disponibilidade da literatura. De repente, mais pessoas tiveram acesso à leitura. Além de democratizante, isso também significa a possibilidade de emergirem novos tipos de literatura. E de leitores.

É interessante pensar, ainda, sobre o efeito do papel em todo o mundo. Em como esta tecnologia de escrita teve efeitos tão transformadores. Quando textos literários recebem o tratamento de material barato, de material produtivo em massa, tornam-se mais acessíveis para um público mais amplo.

O papel eletrônico revolucionou o acesso à literatura

É tão interessante pensar sobre o momento atual, dessa perspectiva: estamos mudando todas as dimensões da literatura. Estamos mudando os materiais nos quais a literatura está escrita.

O E-paper foi um dos avanços na forma como a literatura é distribuída e como ela é reproduzida. É tão radical. É como escrever no papel e imprimir ao mesmo tempo. As tecnologias de escrita de hoje levam a novos formatos: blogs, atualizações de redes sociais e novas formas de hiper-textos.

Nossos pergaminhos modernos

Embora modernas, tais formas eletrônicas de escrita e leitura estão, de certa forma, relacionadas às antigas, como as tábuas e os rolos.

As tecnologias e invenções de escrita, em 4.000 anos de literatura, impressionam pelo fato de que algumas das técnicas antigas estão voltando. As tábuas e os pergaminhos assumiram a forma de consumo da literatura, em determinado momento da humanidade.

E, agora, o que estamos fazendo? Carregamos uma biblioteca em nossos celulares, tablets, kindles. Simplesmente, rolamos em nossas tábuas.

Isso mostra que, em 4.000 anos de literatura e escrita, as tecnologias e formatos de contar histórias continuam voltando e se recriando de diferentes maneiras.

E você, costuma rolar bastante seus “E-pergaminhos”?

Foto de Loren Biser na Unsplash


* Este post faz parte do BEDA – Blog Every Day (April/August), um projeto coletivo em que os blogs se propõem a postar todos os dias do mês. Ele pode acontecer em Abril e/ou em Agosto.


3 comentários em “Rolamos pergaminhos”

  1. Estou lutando para me acostumar aos textos longos lidos em telas: Em geral, leio blogs e pequenos contos em dispositivos eletrônicos, mas experimento uma falta de concentração ao tentar ler textos mais longos. Isso tem sido um problema uma vez que faço faculdade Ead de Ciência de Dados…rs

    Abraços!

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    • Nossos rolos digitais são viciantes, mas cansativos.
      Revezo a leitura nos livros de papel e nos dispositivos, como o Kindle por exemplo.
      A tendência é termos cada vez mais e-books, vai se acostumando.
      Beijo, menina

      Responder

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