As fêmeas que preferem dizer não

À escrivaninha. 27°C lá fora. Céu nublado ameaçando pancadas de chuva para logo mais.

Estou lendo Os últimos lírios no estojo de seda, da Marina Colasanti. Em uma das crônicas – As fêmeas que preferem dizer não,  ela cita um  estudo científico sobre o ritual amoroso das drosófilas.

O interessante é que a maioria das fêmeas drosófilas mantem um seletivo ritual amoroso. E,  desta maneira, muitas delas rejeitam o parceiro que as assediam e permanecem sozinhas por toda  sua existência.

A Marina faz uma analogia desta seletividade feminina, com outras espécies. Ela descreve assim:

Toda fêmea que fica sozinha,  de  qualquer espécie, disse não  em algum momento.  E se não o disse em voz alta, conscientemente, o disse em silêncio,  e só os machos ouviram.  Dizer ‘não’  é uma opção oferecida pela natureza,  e sendo tão frequente podemos deduzir que tem uma função. Conhecer essa função,  e sua  importância,  talvez ajudasse as fêmeas de outra espécie, aquelas que pousam sozinhas nos  teatros e bares.”

Para refletir. Bastante…

Imagem: daqui

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