À escrivaninha. 37°C lá fora! O “Hell” de Janeiro literalmente. Amo calor e sol. Não amo altas temperaturas. Sofremos as consequências das mãos humanas na natureza.
O aniversário de um ano deste blog foi no dia 20 de janeiro! Hoje, faço uma reflexão para marcar esta ocasião, reunindo algumas coisas que aprendi ao longo deste ano tão estranho.
Criei o “Café à escrivaninha” para registrar pensamentos sobre a minha vida após a meia-idade. No primeiro ano de blog, escrevi sobre tópicos de interesse para mim e relacionados a meu estilo de vida.
Com a chegada da pandemia da COVID-19, este espaço tornou-se a válvula de escape criativa de que eu precisava. Em isolamento social, desde então, pensei que escrever pudesse me ajudar ao longo do caminho.
O que aprendi escrevendo no blog
1. Ser avó é ser livre
Aceitei, finalmente, que ser avó é ser livre da responsabilidade de educar netos. Eu perdi tanto tempo tentando desempenhar um papel que não era meu e tenho trabalhado para me amar e me divertir.
2. Ler e escrever é uma viagem
A maioria de nós, que mantemos o distanciamento, só podemos desfrutar de um pouco de viagem na leitura e na escrita. Escrevo e leio muito, porque preciso expressar o que não posso dizer com palavras.
3. Às vezes, é melhor estar “errada”
Em toda a minha vida adulta, as pessoas com quem me relaciono e eu nem sempre concordamos. Aprendi a fazer concessões, embora pense estar com a razão, em algumas situações. Se quero ser feliz, às vezes, é melhor estar “errada”.
4. Antídoto contra a rabujice
Parar de reclamar é um de meus objetivos contra a rabugice. Manter-me ocupada com o que gosto de fazer, transfere minha atenção para longe das situações que me incomodam. Não vejo, não sinto, não reclamo. Simples assim.
5. Os fones de ouvidos são um ótimo aliado
Uso os fones de ouvido sem moderação. Podcasts, músicas e vídeos são excelente alternativas para me manter alheia a interferências externas. Na maioria das vezes, não me dizem respeito. E, com certeza, não querem minha opinião.
6. As conexões são importantes
Especialmente neste período de distanciamento social , quando nossas interações pessoais são tão restritas. Seguir falando com pessoas queridas por mensagens de texto, áudio ou chamadas de vídeo nunca foram tão essenciais.
7. Pequenas coisas são o bastante
Eu percebi que algumas pequenas coisas produzem o efeito de me manter forte, saudável e satisfeita com a vida. Todo tempo livre que a aposentadoria me proporcionou, e a pandemia intensificou, é preenchido com tarefas ou projetos interessantes e estimulantes.
8. Sou uma velhinha indefesa
Percebi, atônita, em vários episódios, ao longo do ano, que sou vista como uma velhinha. Notei que tais atos foram motivados pela percepção de que sou uma pessoa idosa, necessitada de ajuda, de orientação, de condescendência, até de repreensão. Que lástima…
9. Aposentadoria é uma bênção
De certa forma, a aposentadoria nos preparou para o bloqueio da Covid-19. Não precisamos nos preocupar com trabalho ou pagamento, e isso é uma bênção incrível neste mundo confinado. Poderia estar trabalhando, nesta pandemia, estressada, em home office. Flexibilidade e liberdade de muitos compromissos realmente se adequam a minha abordagem atual de vida.
10. Um projeto de felicidade é possível
Ficar em casa nos obriga a fabricar nossas próprias terapias para entretenimento e saúde. Aprender a encontrar os pequenos prazeres e a alegria das coisas simples é algo com o qual todos podemos nos beneficiar agora.
11. Saúde é o que mais importa
Neste momento tão delicado para o mundo, em que nossa segurança reside em um simples ato de lavar as mãos e se precaver, percebemos que a nossa verdadeira riqueza é a saúde. Então, é hora de recuperar a vida e descobrir uma nova maneira de funcionar com a mudança de estilo de vida no mundo.
…
Então, é isso:
Este ano estou comprometida em ser gentil comigo mesma. Algo que não fui tão boa no passado. Eu só quero ver para onde as coisas vão, aprender a comemorar os pequenas acontecimentos e ser grata por tudo o que me trouxe aqui, hoje.
Parabéns ao blog e parabéns para mim, por usar este espaço para refletir sobre apenas abraçar a jornada. Escolher a atitude diante da adversidade. Relaxar, respirar. Olhar para o que enche a minha vida e repensar o que é importante. E selecionar detalhes relevantes.