À escrivaninha. 24°C lá fora. Céu nublado. Tempo chuvoso e refrescante – trégua, após dias de intenso calor. Barulho de chuva e cheiro de terra molhada trazem reminiscências da infância.
Enquanto permaneço em casa, o maior tempo possível (variante Omicron segue implacável), tento criar hábitos melhores para o meu bem-estar físico e emocional. Não planejei nada para este ano, exceto cuidar de minha mente e ter menos pressa em minha vida. Então, por que não trabalhar para concretizar meu sonho de escrever um livro? Ou sonhar fazê-lo.
Estou adiando meu sonho há vários anos. Não escrevi nenhuma história, não me tornei uma autora publicada. Ainda assim, sinto que é importante não esquecer minha inspiração, minha paixão – meu sonho. Quero voltar a me envolver com o desafio de escrita criativa e me debruçar sobre o projeto de produção de um romance.
Em meus sonhos, tudo é real.
Neles, escrevo, sem me preocupar se o romance é bom – apenas deixo-o fluir. Trabalho nos capítulos que precisem de mais emoção, ou até mesmo de serem reescritos. Se percebo que não consigo parar de pensar em uma ideia em particular, é hora de escrever sobre ela.
Em meus sonhos, estou focada e escrevo sobre o que gosto. Não escrevo por dinheiro ou vanglória. Escrevo algo de que possa me orgulhar. E me emociono com o processo de escrever.
A chuva parou por alguns momentos. Ouço bem-te-vis. E logo voltou, poderosa, inundando-me os pensamentos. Ainda estou sonhando. É fascinante aventurar-me no mundo da criação literária. Em meu sonho, tudo é possível.
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