À escrivaninha. 27ºC lá fora. Céu encoberto com um tom azul acinzentado. O sol apareceu, pela manhã, e foi embora no meio da tarde. Não aprecio dias nublados.
Passamos por uma pandemia de Covid-19, e ninguém imaginou o quanto seria terrivelmente longa e dolorosa. As perdas que enfrentamos, em todos os aspectos, são insuperáveis. A vida pode nunca mais ser a mesma. Precisamos fazer algo a respeito deste novo estilo em nosso cotidiano.
Após os 60 anos, eu identifico melhor o que me entristece e o que me traz alegria. E decidi que quero viver cada momento de alegria ao máximo. Não há tempo para esperar. Acredito que cada dia precisa ser o meu melhor porque nunca sei se pode ser o meu último. Estou, a cada dia, mais consciente de que a vida é muito curta para ser ressentida.
A vida acontece a todos nós de maneiras inesperadas, e como respondemos é a chave para estar contente. Mesmo em meio a adversidades.
Com a alegria como meu lema e objetivo, tenho ideias definitivas sobre o que quero e preciso para mim. É tão fácil trazer pensamentos negativos à tona. A tristeza adoece, e não quero, absolutamente, permitir que minha alma e meu corpo se abatam. Lutar contra tal estado de espírito tem sido um desafio para cada pessoa, neste momento tão cruel.
Estou em um bom lugar, no momento, com tanta coisa acontecendo no mundo. Eu reservo um tempo, diariamente, para avaliar minha vida. Sou grata por estar em minha casa, em segurança, com minha família e busco fazer coisas que nos deixam feliz.
Em várias ocasiões – e após os 60 elas são constantes, as opiniões de outras pessoas ainda me corroem, às vezes. Entretanto, tenho me limitado a sorrir, fazer concessões e seguir em frente com a vida em meus próprios termos.
Estou gastando mais do meu tempo preenchendo minha vida com coisas que me trazem alegria – pequenos prazeres, pequenos interesses, e estou contente com isso. Nestes dias tão difíceis, precisamos estar seguros. Ser gentil comigo mesma e com as pessoas que amo.
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