Um ano-novo sem resoluções

À escrivaninha. 31°C lá fora. Céu ensolarado, com muitas nuvens brilhantes. Uma brisa quente entra pela janela e me aquece a alma. Preciso mesmo deste aquecimento no primeiro dia do ano-novo.

Desejo apenas aproveitar o ano e, simplesmente, não pretendo me envolver em nada muito profundo. Nada de resoluções. Isso significa mais silêncio e mais tempo de reflexão. Mais exercícios de atividades criativas. Enfim, mais tempo comigo.

À medida que envelheço, mais grata sou pela saúde e pela capacidade de poder andar e pensar. Espero permanecer assim, ativa, mental e fisicamente, para manter alguns projetos: blog, clube do livro, escrita criativa e, quem sabe, até um novo hobby. Se vou conseguir, realmente não importa. A tentativa é importante. Tudo bem se eu tentar algo novo e perceber que não é para mim.

Às vezes, a jornada inclui espera, crescimento e aprendizado antes de estarmos prontos para continuar. Importa não deixar os desafios e percalços minarem nossa inspiração e sufocarem nossos sonhos.

Minhas últimas tentativas de escrever um romance, em 2021, foram ótimas, e estou satisfeita por tê-las feito. Mesmo tendo deletado tudo. Talvez eu tente novamente este ano. Talvez, não. Há outras coisas que quero fazer agora, relacionadas à escrita e à leitura. Tenho interesse e projetos suficientes para me manter ocupada por mais um ano em casa.

Encontrei um local sossegado onde posso treinar minha melhor escrita. Posicionei minha escrivaninha longe de distrações e interrupções. Tenho lutado — sim, é uma batalha — para focar no momento presente e aproveitar a experiência de escrever. Só preciso começar a usar tudo à minha volta — sons, cheiros, acontecimentos — para criar o próximo texto.

Assim, quando me sentar, de manhã, para começar o dia escrevendo, procurarei me lembrar de abrir as janelas e portas e ficar alerta às impressões que o mundo me enviar.

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