Sob o signo de Afrodite

À escrivaninha. 24°C lá fora. Noite fria, com céu desestrelado. A chuva se despediu de sua tarefa de socorrer as plantinhas ressequidas.

Este post participa do projeto *BEDA, e me propus a postar sobre livros e literatura no mês de agosto.

Para o nono post participante do projeto, vou compartilhar uma leitura que me deu trabalho, mas que foi gratificante, afinal.

Demorei um pouco para ler as 485 páginas do romance histórico Memórias de Cleópatra, Volume 1, da Margarete George. Não porque estivesse entediada, pelo contrário, é um romance apaixonante. Eu estava envolvida na leitura de outros livros também.

Algumas coisas me incomodaram na personagem. A sua dedicação, quase submissão, a César, a ponto de deixar o Egito, por quase dois anos, para ficar com ele em Roma. Ele, casado, com sua mulher presente nos eventos em que Cleópatra também estava. E Cleópatra morando em uma das casas de César, em Roma, com o filho que teve com ele.

Nada de se divorciar, nem de assumir o seu relacionamento com a Rainha do Egito. Mantinha as duas mulheres convenientemente. E ambas aceitando esta situação de viverem na mesma cidade e participarem dos mesmos eventos.

Lendo o livro, eu ficava com um pé atrás quando César declarava seu amor por Cleópatra. A gota d’água foi não ter reconhecido seu filho no testamento. Nomeou um filho adotivo como seu herdeiro.


Que nervoso! Lembrou-me de meu ex-marido, que mantinha uma amante no mesmo bairro em que morávamos, e, segundo relatos, tinham um filho. Diferente das personagens do livro, eu não sabia desse seu relacionamento. Abafa o caso.

Mais memórias


A narrativa do primeiro volume é bastante emocionante, não obstante. A curiosidade é instigada para você continuar lendo os outros volumes. As Memórias de Cleópatra são publicadas com histórias que podem ser lidas separadamente. Eu me envolvi na trama do primeiro volume e não quero perder a continuação da história.

Com a morte de César, Cleópatra iniciará uma nova fase em sua vida. Vivenciará um novo relacionamento. Desta vez, com Antônio. Espero não me decepcionar com ele também. Vamos ver que emoções a autora nos proporcionará. Vamos fazer de conta que não vi os filmes…



Vênus… Afrodite… Passaríamos por sua ilha, a ilha de Chipre, em nossa jornada para Tarso… onde ela poderia aparecer e subir a bordo…
Antônio. Antônio era Dionísio… E quem deveria fazer uma visita oficial a Dionisio senão Afrodite? Sim, e César me chamara de Vênus, e havia colocado uma estátua minha representando Vênus no templo de sua família… Antônio era um Juliano, e, portanto, também descendia de Vênus…
Seria absolutamente adequado que Vênus, Afrodite, viesse a Tarso e encontrasse Dionísio.



Não terminei a leitura do volume 2, Sob o signo de Afrodite. Li mais de 100 páginas. Estava bem envolvida com a narrativa de Margaret George. Ela tem um jeito muito interessante de escrever, que nos faz entrar na história e reviver as emoções dos personagens. Mas é que ando assoberbada de leituras. A qualquer hora, volto às memórias.

E vocês, o que andam lendo?

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* Este post faz parte do BEDA – Blog Every Day (April/August), um projeto coletivo em que os blogs se propõem a postar todos os dias do mês. Ele pode acontecer em Abril e/ou em Agosto.


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6 comentários em “Sob o signo de Afrodite”

  1. Não conheço o livro, mas fiquei com vontade de ler.
    Por aqui ando lendo “Arquitetura e organização de computadores” – Willian Stallings, e outros livros semelhantes (exigência da Univesp).
    Também estou lendo “Tres”, da Melissa Panarello.
    E com/para as minhas crianças, nos recreios, estou lendo “Extraordinárias: Mulheres que revolucionaram o Brasil” da Aryane Cararo.

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    • Hum, esse da Melissa é quente, hehe. Leituras obrigatórias para a faculdade podem ser prazerosas se servem a nossos interesses imediatos. Que diversidade de títulos.
      beijo, menina

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  2. Não conheço o livro, mas soltou um “uau” aqui com a “confissão” entre ficção e realidade feita por você. Admito que sempre considerei impossível uma mulher não saber da traição. Mudança de ventos… pausa para recalcular a rota.

    Estou lendo Recordação da casa dos mortos, do Dostoiévski…
    Voltou aos russos em julho.

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    • Pois é, para você ver como eu vivia enfiada no trabalho dentro e fora de casa, e confiava cegamente no homem que dizia me amar… Abafa de novo.
      Este do Dostoiévski é bem intenso. Ainda não o li. Vou anotar.
      beijo, menina

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