À escrivaninha. 22°C lá fora, finalmente. Os dias têm sido bem gelados. Um frio nada carioca.
Outro aniversário registrado no mês passado. Estou um ano mais velha. Eu gostaria de estar mais sábia. Seria um ótimo presente de aniversário. Mas, não … eu sou a mesma de sempre.
Meu aniversário não foi um evento. Apenas mais um dia quieto, em uma quarentena pandêmica. Sem festa, sem jantar especial, mas com bolo, docinhos, cesta surpresa de café da manhã, e a filha e a neta por perto.
Não tive um mês de aniversário agitado, porém, foi essencialmente divertido. Pude, finalmente, sair para ver meu pai e passar um tempo com ele, em seu aniversário. Também tive tardes agradáveis com minha amiga que veio dos Estados Unidos, em maravilhosos clubes do livro juntas!
Estou vacinada, apenas com a primeira dose de AstraZeneca, mas, mesmo assim, aventurei-me a vê-los. Papai e minha amiga já receberam as duas doses de vacina. Não via papai desde o início da pandemia, e minha amiga não vem ao Brasil há dois anos. Não sei se deveria ser sábia ou ser agradecida por mais um ano de vida e pela oportunidade de abraçá-los.
Meu foco, neste 64°ano de vida, é manter uma mentalidade positiva de gratidão. Cultivar o que faz minha alma feliz e viver da melhor forma todos os dias. Concentrar-me nos raríssimos momentos preciosos de alegria, mesmo em um cenário tão devastador que vivenciamos.
A vida nunca será perfeita, mas ainda nos proporciona alguns momentos bons e de muita alegria. E eu não podia desperdiçá-los.
No próximo ano, se eu tiver a graça de ainda estar aqui, serei a mesma de sempre, um ano mais velha. E, provavelmente, ainda não mais sábia. Abraçarei quem amo, os que também receberem, como eu, a mesma graça de viver.
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