À escrivaninha. 22 ºC lá fora. Céu nublado e possibilidade de chuva no final da tarde. Com meu terceiro café na mão e um misto de vontade e desconfiança na alma, resolvi voltar às sessões de Pilates.
Os treinos começam em maio e, para completar, incluí caminhadas três vezes por semana. Depois de meses sem motivação para me mexer, será que vou conseguir me manter fiel a essa rotina de exercícios? Confesso que estou incrédula.
Fui movida pela necessidade. Sabe quando o corpo grita e a gente percebe que não dá mais para adiar? Saúde e bem-estar é o mínimo de que preciso para me manter por horas sentada à escrivaninha, mesmo quando a preguiça e o desânimo batem forte.
Cadê meu fôlego?
Quem nunca se sentiu assim? Animada na hora de se inscrever, mas depois bate aquela dúvida cruel: será que não vou desistir na segunda semana? Eu mesma duvido de minha fidelidade aos treinos. Três vezes na semana? Inacreditável que me meti nisso. Estou naquela vibe do “vamos ver no que dá”.
Depois de meses parada, o corpo não responde como antes. Ando sentindo muito cansaço e um pouco de dor na região lombar. Por isso, o retorno aos exercícios é tão necessário, mesmo que eu deteste sair de casa.
A tentação de desistir é real, mas fico me lembrando de que saúde e bem-estar são prioridades após os sessenta anos. Pilates para alongar e fortalecer o corpo e caminhadas para colocar o coração em dia. De quebra, ar puro – ou quase – para pensar em outras coisas e arejar a mente. Espero ver borboletas e macaquinhos nas árvores enquanto caminho pelas ruas do bairro.
Daqui a algum tempo, voltarei aqui e, quem sabe, eu surpreenda você com boas notícias. Espero conseguir criar uma rotina de treinos que dure mais de um mês. No fim das contas, cuidar da saúde e do bem-estar é um baita estímulo para nos manter firmes na decisão de fazer exercícios, mesmo quando a motivação resolve tirar férias.
Que venha maio, com Pilates, caminhadas e, claro, muito café para acompanhar.
Foto de Jaspinder Singh na Unsplash