À escrivaninha. 23°C lá fora. Céu azul pincelado por algumas manchas brancas. Vento frio de inverno. Nesta manhã de domingo, permiti-me um preguiçoso momento de leitura na cama.
Tive intenções de passar parte da manhã ao sol, mas continuei deitada. Pela varanda, um solzinho tímido não me animou a descer. Ainda estamos no meio do inverno, e eu realmente não tenho saído e feito nada de interessante.
Habitualmente, inicio meus dias com alongamento e ginástica. Na maioria das manhãs, mantenho a rotina de exercícios, mas, nas últimas semanas, minha disposição diminuiu bastante. Consequentemente, as dores na coluna retornaram. Consultei o ortopedista e já estou medicada.
A professora de ginástica sugeriu voltar às aulas personalizadas ao vivo, mas ainda não quero fazer isto. Continuo com as séries em vídeo que ela me envia toda semana. Tenho cogitado a possibilidade de retornar ou não às aulas presenciais, quando for seguro para todos.
Estamos em recesso, este mês, em nosso clube do livro virtual. Perdi alguns dias de leitura, e me forcei a manter o Kindle por perto para voltar a ler. Eu criei uma rotina saudável de atividades prazerosas, mas, ultimamente, há dias em que só quero jogar no meu celular.
Sou uma pessoa caseira, mas gosto de ter liberdade para sair quando quiser. Esta pandemia mudou esta possibilidade. Após as duas doses da vacina, permiti-me algumas conexões pessoais. Abracei papai e familiares, no seu 94° aniversário e recebi minha amiga que veio da Califórnia. E não quero mais sair de casa.
Sinto que este ano ainda será muito diferente devido às restrições impostas pelo coronavírus. Por enquanto, precisamos ser cautelosos, mas é bom saber que temos a proteção da vacina.
Acredito que todos precisamos dar um tempo, especialmente enquanto lidamos com esta pandemia estendida. Ser aposentada torna muito mais fácil lidar com a situação, em comparação com tantas outras pessoas.
Então, não lamento o que poderia ter feito nos últimos dias e não o fiz por preguiça, desânimo ou desmotivação. Nunca imaginei ficar tanto tempo em casa, de modo a sentir tédio. Contudo, nutro a esperança de que minha motivação voltará e poderei, novamente, concentrar-me em fazer as atividades que amo.
Por ora, permito-me ficar estirada na cama ou no sofá, jogando no celular e assistindo a séries, entremeados de várias xícaras de café. Não importa o quanto eu esteja entediada dentro de casa, ainda há tantas coisas para agradecer e apreciar na vida.