À escrivaninha. 23°C lá fora. Céu esconde um solzinho tímido atrás das nuvens. Sentindo o frio do outono nos pés, reflito sobre a importância de ouvirmos a voz interior.
Desde sempre, confiei na minha intuição. Quando duvidei dela, enfrentei surpresas desagradáveis. Aprender a escutá-la é fundamental para tomar decisões ajustadas ao que realmente queremos ou precisamos.
Aprendendo com experiências difíceis
Certa ocasião, surgiu uma oferta de emprego que, à primeira vista, parecia promissora. No entanto, a atitude da diretora da instituição, ao me receber, não foi nada acolhedora. Incomodada, pressenti que aquele ambiente talvez não fosse o ideal para mim. Decidi, então, recusar a proposta. Para minha surpresa — ainda me surpreendo com minha intuição —, poucos dias depois, apareceu uma oportunidade perfeita e muito mais vantajosa em todos os aspectos.
Antes do meu casamento, ouvi essa voz no fundo da mente, mas escolhi me fazer de surda. Na semana seguinte, uma prova concreta de deslealdade mostrou que eu estava prestes a cometer um erro. Anos depois, a traição veio como uma confirmação daquela intuição que eu havia tentado calar.
Nem sempre é fácil reconhecer um relacionamento ou uma amizade tóxica. Algumas vezes, ao longo da vida, percebi sinais evidentes de comportamentos nocivos ao meu redor. Quando os ignorei, por motivos que prefiro não detalhar, a decepção inevitavelmente chegou.
Muitas vezes, insistimos em algo, por motivos pessoais, mas a intuição nos alerta para o que não faz bem. Há momentos em que a melhor decisão é simplesmente deixar ir.
Confiança no próprio julgamento
Deus, ou o universo, nos sussurra verdades. Se as ignoramos, essa voz se torna impossível de calar. Hoje, após a meia-idade, essa voz continua presente, mais forte do que nunca. Ela me treinou a confiar no meu julgamento, a valorizar minha intuição. A maior lição foi aprender a soltar aquilo que machuca a alma, mesmo quando parece difícil.
Nem sempre precisamos entender ou consertar tudo ao nosso redor. Às vezes, a decisão mais sábia é simplesmente seguir em frente e renunciar ao que não nos serve mais. E sabe de uma coisa? Isso está mais do que certo.
E você, já aprendeu a confiar na sua intuição?