À escrivaninha. 24°C lá fora. Noite quentinha, com céu nublado disputando quem fica, o frio ou o calor.
Este post participa do projeto *BEDA, e me propus a postar sobre livros e literatura no mês de agosto.
Para o décimo post participante do projeto, vou compartilhar um sentimento a respeito das escolhas que fazemos sobre o que consumir de arte.
Por que lemos determinados livros, assistimos a certos filmes e séries, ouvimos algumas músicas em especial?
A mídia e a sociedade faz sua “propaganda” do que é relevante e do que é apropriado. Isso pode influenciar o que você está consumindo, sem perceber.
Você já assistiu ao filme tal, ou já leu o livro Y? O quê, você não foi ao show X? Quem não já ouviu a frase: “Detesto novela, mas assisto apenas para poder criticar.”? Isto serve também para livros, filmes, músicas, artes em geral, que a mídia nos tenta persuadir ser o hit do momento.
Será que os livros de que gostamos podem ser rotulados como inadequados ou guilty pleasure? Ou, talvez, os filmes que mais amamos podem ser julgados irrelevantes por um crítico mais exigente?
Você pode estar lendo, assistindo, consumindo algo que não lhe apetece a alma. Porém, admirado e considerado excelente pelo marketing social. Na realidade, tudo o que você deseja é algo reconfortante, não importa se é um romance água com açúcar ou se é uma ficção alienante.
De repente, você percebe que “todos” estão lendo/assistindo tais “coisas”. E você, para não passar por alienado e fora do que “está rolando”, considera experimentar os títulos aprovados pelo conselho social do certo e do adequado.
Isso não é bom. Não é, definitivamente, bom. Não é bom porque você não seguiu seus próprios interesses. Em vez disso, você entrou em algum tipo de conjunto de regras e procedimentos perfeitamente definidos, na esperança de ser bacana e não perder as últimas tendências.
Isto é tão verdadeiro e tão alarmante ao mesmo tempo.
Tantos livros que eu tentei ler porque pensei que deveria. “Imagine, uma professora de Literatura que não leu tal autor”, indago-me frequentemente. A voz de minha professora, na faculdade, ressoa, até hoje, em minha mente: “Eu leio tudo o que é publicado”, repetia ela. Misericórdia, como consegue?
Não conheço a maioria dos intérpretes da música atual. Eu não ouço o que as pessoas legais estão ouvindo. Também não li todos os lançamentos editoriais premiados. Tampouco assisti a todos os filmes ovacionados pela crítica.
Gosto de escolher o que ouvir, o que ler e ao que assistir. Estou mais propensa a consumir apenas o que me apraz. O que me desperte algum interesse. O que me apetece a alma.
O que eu sinto é mais forte do que a tendência ditada pela mentalidade social.
O que me apetece é o que me atrai.
Curto biografias, documentários, obras que apelam para uma reflexão existencial. E também sou atraída por histórias divertidas e inconsequentes.
Sou loucamente vidrada em ficção científica, mas não consigo gostar de Matrix e de Star Wars. Assisti a ambos para não ficar por fora, na época, mas não gostei. Ponto.
Pode ser sério e bem recomendado. E também pode ser pastelão, infantil e inadequado aos olhos dos censores da hora. Clássicos ou cults, quem decide o que é bom para mim, sou eu.
Continuarei consumindo os estilos que aprecio, mesmo quando eles se desviem do que todos estão elegendo como o melhor e mais adequado. Ignoro se me consideram fora de moda, estranha ou superficial.
Por que eu desistiria do prazer de escolher minha própria aventura e seguir meus próprios interesses e julgamentos de uma obra?
A alegria de ler, de assistir, de fazer o que você quer, é você quem decide qual deva ser.
Sou loucamente vidrada em ficção científica, mas não consigo gostar de Matrix e de Star Wars. Assisti a ambos para não ficar por fora, na época, mas não gostei. Ponto.
Pode ser sério e bem recomendado. E também pode ser pastelão, infantil e inadequado aos olhos dos censores da hora. Clássicos ou cults, quem decide o que é bom para mim, sou eu.
Continuarei consumindo os estilos que aprecio, mesmo quando eles se desviem do que todos estão elegendo como o melhor e mais adequado. Ignoro se me consideram fora de moda, estranha ou superficial.
Por que eu desistiria do prazer de escolher minha própria aventura e seguir meus próprios interesses e julgamentos de uma obra?
A alegria de ler, de assistir, de fazer o que você quer, é você quem decide qual deva ser.
* Este post faz parte do BEDA – Blog Every Day (April/August), um projeto coletivo em que os blogs se propõem a postar todos os dias do mês. Ele pode acontecer em Abril e/ou em Agosto.
Minhas leituras em geral são escolhidas ao acaso: Adoro frequentar a biblioteca, observar, ler a sinopse e levar um livro para casa. O mesmo acontece nos dias de feira de adoção ou troca de livros… Lógico que mantenho uma lista de livros desejados com base do que recebo de indicações (nos blogs ou de colegas e amigos). Em geral, leio se me apetece, do contrário acabo deixando de lado (a não ser que seja uma leitura obrigatória).
Filmes e séries eu já tenho um crivo um pouco mais maleável, assisto o que está “na moda” desde que os primeiros minutos do episódio consigam manter minha atenção…
Agora música… Eita relação difícil. Amo música e me considero eclética, variando entre o que ganha minha alma e o que apetece ao corpo. Em segundos sou capaz de ir do Sinatra para Anitta, de Carlos Galhardo para Caetano, do romantismo do bolero para a alegria sensual da champeta colombiana. Gosto da ópera, do funk, do rock de um bom samba e até mesmo de alguns sertanejos… Entre o que está na moda e o que já pertence a outros tempos encontro a playlist dos meus dias…
Que interessante este gosto eclético para a música. Normalmente, não me prendo ao gênero, mas à melodia e à letra. Naõ importa se é um samba, um funk, um rock. Vou atrás da batida, hehe. Quanto à lista de livros, só cresce, não?
beijo, menina
Eu nunca leio o que está na lista dos mais-mais. Filmes vou pelo mesmo caminho e séries também. No final de semana passado, eu assisti a uma série que foi sucesso em 2014 e ao comentar com alguém: nossa, mas só agora você foi assistir? Sim… não sou fã de ver o que os outros estão vendo porque me causa preguiça aquela coisa mecânica. Me lembra o clip da música do Pink Floyd, Another Brick in the wall, do maravilhoso álbum The Wall.
bacio cara mia
Mais um tijolo na parede, sempre. Sou do time que assiste a séries lançadas há mais de dez anos. Acredito que as obras nos cativam em diferentes momentos da vida.
beijo, menina