Após alguns revezes na vida , aprendi a ser mais reservada e a observar com atenção as pessoas que me cercam. E descobri que tenho poucos amigos. Poucos mesmo! E percebi que estes poucos amigos que tenho não são os que me ligam todo dia, nem estão comigo o tempo inteiro.
Observei que não procuro os amigos quando tenho problemas. Para estas ocasiões, tenho a família. Os amigos, procuro-os quando tenho coisas boas para contar, algo maravilhoso para compartilhar, ou quando, simplemente, tenho vontade de rir um pouco. Aliás, damos gargalhadas salutares em nossos encontros!
As redes sociais ampliam as possibilidades de se conhecer novas pessoas e, quem sabe, encontrar amizades sólidas e permanentes. Mas isto não significa que devamos ficar alheios a qualquer demonstração de afeto e amizade. É preciso discernir as verdadeiras intenções. As ações falam mais alto que as palavras.
Meus poucos amigos são aqueles que me surpreenderam nas horas em que eu estava mais vulnerável, e me confortaram sem eu precisar chamá-los. Estamos juntos há muitos anos, e, mesmo que nossas vidas tenham tomado rumos diferentes, continuam presentes, e aparecem em momentos especiais, para compartilhar alegria ou dor, sem esperar nada em troca.
Embora as relações modernas se caracterizem como temporárias e superficiais, o tempo passou, e meus poucos amigos continuam comigo. Amo meus amigos. Contei nos dedos das mãos. São poucos. Muito poucos. Porém, eternos.
Amigos? Tenho poucos. E você?
oto de Pink Sherbet Photography