À escrivaninha. 19°C lá fora. As extremidades, dedos dos pés e das mãos estão geladas. Cariocas não gostam de dias nublados ou de frio. Brrrrr.
Estou, há dois dias, treinando a saudação vulcana. Eu nunca consegui executá-la. Até agora! Em tempos de pandemia, em que a recomendação é evitar contato com as mãos, a fim de evitar o contágio, a saudação vulcana soa oportuna: é uma bênção com o desejo de vida longa e próspera, em meio a tanto sofrimento e morte.
A saudação vulcana é um gesto feito com as mãos pelo personagem Spok, Leonard Nimoy , na série Jornada nas Estrela. Ele levanta a palma da mão para a frente com o polegar estendido, e os quatro dedos restantes se separam no meio, com dois dedos juntos de cada lado.
Nimoy explicou que a saudação é baseada em uma bênção sacerdotal, simulando a letra hebraica ש (“Shin”), que significa El Shaddai (“Deus todo-poderoso”). O gesto é acompanhado pela frase “Live long and prosper” (“Vida longa e próspera”).
Eu tinha dificuldade em manter os dois últimos dedos da mão, anelar e mínimo, juntos. Quando juntava os dedos médio e indicador e os afastava para mostrar o espaço necessário na saudação, os dedos da ponta se abriam. Não sou a único que acha isso difícil. Atores da série Jornada nas Estrelas tiveram que usar fita adesiva para manter os dedos unidos.
Mas isto mudou para mim! Descobri o segredo para fazer os dedos formarem a saudação. Basta estender o polegar primeiro e, em seguida, afastar os dedos médio e o mínimo, unidos, para fora. Assim, tornou-se muito mais fácil fazer a saudação, pelo menos para mim.
Para quem está seguindo as recomendações de saúde, evitar o contato pode ser difícil para algumas pessoas. A saudação vulcana pode ser uma alternativa boa, pois traz a bênção e o desejo de vida, em contraste à ameaça de morte que o vírus traz consigo.
Viva muito. E prospere.