À escrivaninha. 18°C lá fora. Noite chuvosa e fria. Os casacos saíram do armário novamente. Mês de agosto, tão longo e tão instável. Dias de calor. Dias de congelar. Vem, Primavera!
Para o vigésimo segundo post participante, vou compartilhar um sentimento a respeito de certas leituras. Eu compreendo o mérito e o valor de um livro e a importância de suas questões. No entanto, em relação a algumas obras, simplesmente, não quero refletir, pensar, quebrar a cabeça em temas muito densos. Não, em certos momentos.
Não estou desprezando a leitura mais “intelectual”, filosófica, biográfica, histórica e afins. Apenas, às vezes, não quero me aprofundar em temas complexos. Prefiro a serenidade dos romances em momentos em que a minha mente quer voar, apenas voar…
E, não. Não me sinto culpada por dizer isso.
Existe algum livro “sério” que desisti de ler, no meio do caminho? Confesso, que sim! Não que eu não seja persistente. Nem que tenha aversão a livros mais densos. Só não queria ler algo que me obrigasse a pensar. Queria apenas divagar.
Dos livros que interrompi a leitura, dois ainda estão me espreitando na estante. Não desisti deles completamente. Um dia, quem sabe… De vez em quando, eu pego um deles e começo a folheá-lo. E o devolvo à prateleira.
Ainda leio obras mais densas para os clubes do livro. É um projeto coletivo. Um trabalho. Quase um dever. Entretanto, em meus momentos de fruição, ainda prefiro a leitura leve e prazerosa dos romances. Como disse antes, quero apenas voar através da leitura. Voo leve, nada muito profundo.
E você, já desistiu de ler um livro no meio do caminho? Voltou a ele mais tarde ou simplesmente o deletou de sua lista de leitura? Conte-me!
Foto de Aliis Sinisalu na Unsplash
* Este post faz parte do BEDA – Blog Every Day (April/August), um projeto coletivo em que os blogs se propõem a postar todos os dias do mês. Ele pode acontecer em Abril e/ou em Agosto.
Deixei Ivanhoé pelo meio do caminho recentemente. Deixei também “O vermelho e o negro” pelo meio do caminho. Ainda não voltei a eles.
Anna Karenina ficou pelo caminho na primeira tentativa de leitura (eu tinha 15 anos). Retomei depois, aos vinte e tantos anos. O cortiço ficou pelo caminho quando eu tinha 12 anos. Retomei muitos anos depois, já adulta e até hoje me pergunto: Por qual motivo abandonei? São livros ótimos!
Abraços!
Oi, Bob.
Também estou com a Karenina de molho. Quanto aos livros que leu muito nova,acredito que a falta de maturidade cultural, de bagagem intelectual, de mais leituras para fazer a ponte, a gente só adquire mais tarde. Por isso é bom reler aqueles livros que a gente odiou na adolescência.
Beijo, Menina