À escrivaninha. 23°C lá fora. Senti frio, esta noite, em pleno final de verão. Isto é tão estranho…
Depois da aposentadoria, estava tão acostumada a estar ocupada, que me sentia estranha por ter tempo livre para mim. Levei anos para, finalmente, perceber que eu não precisava de um dia cheio de atividades e compromissos.
Eu tenho o péssimo hábito de fazer tudo sozinha. Mesmo quando as minhas meninas estão em casa, disponíveis, vejo-me fazendo tudo. E, geralmente, acabo estressada. Tenho me esforçado para vencer o ímpeto de ver algo por fazer e, imediatamente, ir lá resolver.
Finalmente, percebo que é a minha hora de relaxar. Este ano tem sido um marco em minha maneira de encarar minhas prioridades. Agora tenho uma perspectiva totalmente nova. Eu não preciso estar ocupada o tempo inteiro. E estou adorando!
Agora, não me sinto constrangida por não estar tão ocupada. Deleguei algumas tarefas e compromissos a terceiros. Não sou insubstituível nem imprescindível. Isso é tão libertador!
Eu quero, apenas, viver sobre os meus próprios termos. Ter uma vida simples e pacífica. Agora, é a minha vez de relaxar.
Vou ali passar um cafezinho…