À escrivaninha. 33° lá fora. Talvez eu precise de óculos de sol para sair à rua.
A primeira coisa que tenho feito, nas manhãs em que há treino de ginástica, é colocar a roupa para me exercitar. Imediatamente, quando me levanto. Assim, não corro o risco de ficar com preguiça de me exercitar e desistir de sair de casa.
O treino de ginástica, hoje, foi muito produtivo. Alongamos bastante as mãos, os pulsos e os dedos. Não senti dor, apesar da Tenossinovite.
Ao final da aula, entretanto, houve dinâmica de grupo. Pensei em sair, mas decidi permanecer em silêncio. Infelizmente não consegui; a professora me fez uma pergunta direta. Eu disse apenas: “Há coisas que são inevitáveis na vida da gente. O jeito é encarar e seguir em frente”.
Agora, há pouco, estive refletindo: eu tenho uma vida frugal. Ser frugal é valorizar o que se tem, procurando extrair o máximo de utilidade das coisas disponíveis. Vive-se uma vida de equilíbrio, apenas o suficiente que nos dê prazer e satisfação. Ser frugal é ter qualidade de vida.
Então, acredito que encontrei um modo de viver melhor, com simplicidade. Encantar-me com os detalhe das coisas ao redor, no dia a dia é uma boa escolha para a vida.
Estou tentando tornar meu estilo de vida o mais frugal possível. Cortar gastos onde eu realmente não precise gastar. Viver dentro de meus meios. Talvez abaixo de meus meios, sem excessos. Um estilo de vida que traga paz de espírito e e estabilidade das finanças.
Quero chegar a um grau de frugalidade, com simplicidade e qualidade de vida. Viver com menos, de maneira consciente. Enriquecer não tem só a ver com dinheiro, mas com a maneira como se vive a vida, como se consome os recursos naturais e materiais, e como nos comportamos ante a vida. Procurar extrair o máximo de utilidade das coisas que tenho.
Não tenho planos a esta altura da vida. Quero seguir, um dia por vez. Saúde em primeiro lugar. Quero poder andar, enxergar e ouvir. Poder pensar, refletir e compreender. Sou grata por isto.
Quero me manter saudável, no corpo, na mente e no espírito. Com 62 anos, a única resolução é viver.
Imagem: Debadutta