À escrivaninha. 32°C lá fora. O sol brilha em um céu absurdamente azul. O frio se foi. Isto é tão bom. Então, estamos de volta ao avanço de Covid, com aumento de casos e internações. O Rio continua sendo um lugar adorável para se viver, mas, se pudéssemos nos livrar de algumas pessoas irresponsáveis, as coisas fluiriam melhor. Que Deus nos ajude de uma nova onda.
Enquanto isso, o fim do inverno se aproxima, e os meus dias não mudaram muito. Eu havia me aventurado a sair para compras no comércio local e visitas a papai. Com o agravamento da pandemia, voltei a meu refúgio. Devo confessar que os dias têm sido tristes, mas estou disposta a permitir a magia da serendipidade me trazer alguns momentos agradáveis.
A aposentadoria e a pandemia me tornaram mais consciente de não desperdiçar minha vida com coisas que não são importantes. Eu costumo passar muito tempo com jogos, leituras, escrita, filmes e séries, e com blogs. Penso que o nosso cérebro precisa de um tempo para relaxar e é o que essas atividades fazem por mim. Então, elas são muito importantes, sim!
Houve uma mudança gradual em meu modo de pensar nos último ano, com a pandemia. Algumas de minhas responsabilidades desapareceram – eu não preciso mais cuidar de minha neta, já que ela está indo bem por conta própria. Percebi que tenho o tempo todo para mim, e isto é bom.
Adicionei outras atividades ao meu dia. Algumas não deram certo. Penso que explorar e experimentar é útil para eu encontrar algo que esteja em harmonia com meus valores e intenções. Então, eu me dei permissão para verificar as atividades e sugestões que me aparecem, e, se algo não for bom para mim, posso dizer “não” e me contentar com que gosto de fazer.
Enquanto a primavera não chega – nos dois sentidos, seguimos em ritmo lento, esperando o inverno passar – nos dois sentidos igualmente. Esperando a magia da serendipidade me encontrar.