À escrivaninha. 24°C lá fora. Noite abafada nesta primavera de temperaturas oscilantes.
Viver é um ato coletivo e nossas ações e decisões têm um impacto enorme sobre as outras pessoas. Não temos controle sobre quase nada nesta vida. Por isso não sabemos como gerenciar as expectativas delas. E nos frustramos quando tomamos decisões relativas às nossas próprias expectativas.
Ocasionalmente, alguma circunstância foge de nosso controle. O cérebro entra em colapso. As emoções são contraditórias. Nestes momentos, o autocontrole depende de um ato de equilíbrio. Reagir positivamente em situações desafiadoras pode nos tornar capazes de lidar com o problema e superar o obstáculo.
Posso mudar minha atitude. Não posso mudar a dos outros.
É importante lembrar que somos humanos e cometemos erros. Uma decisão possivelmente errada não significa o fim do mundo, e eu não preciso de ser perfeita.
Fujo dos problemas? Absolutamente. Apenas luto ferozmente para não permitir que os sentimentos ruins que eles produzem somatizem em minha saúde emocional e física.
E, se for impossível mudar a circunstância adversa? Resta-nos, apenas, resistir à pressão e tentar manter o equilíbrio mental. Não consigo parar de envelhecer, por exemplo, mas posso controlar como reajo a isso.
Este post participa do #Literoutubro, cuja proposta é escrever um texto sob o tema disutópicos, a fim de explorar ideias de sociedades perfeitas ou falhas, e as tensões entre o desejo de utopia e a realidade de distopias. O tema de hoje: CONTROLE.
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