À escrivaninha. 22°C lá fora. Noite chuvosa e abafada. Nos mais de trinta anos de magistério, não enlouqueci (ou será que sim e nem percebi?). Foram tantos momentos intensos vividos em sala de aula. Experimentei as alegrias e as tristezas, os bons e os maus momentos. Tantos erros que cometi, e acertos também. As dúvidas e incertezas, os sonhos, as frustrações e realizações.
O que aprendi com meus alunos e alunas é tanta coisa para dizer, para refletir, para refazer, para sentir, para compartilhar… Neste dia da Mestra, quero registrar uma situação que todo professor e professora já vivenciou:
Aula ruim
Aula ruim é aquela em que só a professora fala, e a turma fica quieta, feito estátua, ou falando pelos cotovelos, ignorando sua presença.
A professora faz alguma pergunta, e nada. Fala mais um pouco, e nada. Os alunos e as alunas com aquela “cara de paisagem”…
De repente, um aluno, lá no fundo, levanta a mão.
Esperançosa (nem tudo está perdido), imaginando que uma pergunta interessante vem por aí, a docente dá a palavra ao aluno, e então:
— Fessora, posso ir no banheiro?
Já dei uma aula assim…