À escrivaninha. 25°C lá fora. Céu azulindo com uma luminosidade deslumbrante. Ouço passarinhos pela janela.
Há momentos em que sinto profundo pesar pelo o que o futuro próximo nos reserva. A violência contra a natureza e contra os próprios seres que habitam o planeta tem se intensificado e seguem a causar seus danos físicos e emocionais.
Com tantas perdas nas famílias, seja por epidemias, seja por guerras, seja por volências nas ruas, sinto-me mais sensível aos sofrimentos dos outros. Penso em como lidei com minha dor e com minhas perdas causadas por essas atrocidades, e em como venho tentando não me deixar levar por sentimentos de desespero. Em vez disso, concentro-me nos momentos felizes que passei com as pessoas queridas que a morte ceifou e isto traz um certo conforto.
É tão brutal e inexplicável como o ser humano é capaz de tanta autodestruição. De si e do mundo.
A guerra e a violência no mundo continuam implacáveis. Não sabemos até quando. Até o caos completo? A vida continua, entretanto, apesar de tantas notícias sórdidas e nefastas. A gente segue lutando para não perder a esperança. E eu continuo refletindo e me perguntando: haverá paz depois da tempestade?
Espero que sim, mesmo contra todas as evidências ao contrário.
Este post participa do #Literoutubro, cuja proposta é escrever um texto sob o tema disutópicos, a fim de explorar ideias de sociedades perfeitas ou falhas, e as tensões entre o desejo de utopia e a realidade de distopias. O tema de hoje: ESPERANÇA
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