A vida era boa

À escrivaninha. 27°C lá fora. Céu nublado com muitas nuvens e ameaças de tempestades.

Nos últimos anos, refinei minha visão de vida na aposentadoria. Dediquei tempo a entender minhas crenças autolimitantes e, várias vezes, usei conscientização e afirmações para tentar superá-las.

A vida era boa

Eu cheguei a um ponto de aceitação em que gostava do equilíbrio entre rotinas antigas e novas experiências. Encontrei um ritmo alinhado a minha visão de vida na aposentadoria e a meus valores essenciais. Era uma vida de lazer e de atividades que eu adorava.

Mas, há cerca de dois meses, algo mudou. Comecei a sentir uma dúvida profunda sobre a minha escrita. Essas últimas semanas foram uma montanha-russa de incertezas. Perdi o ímpeto para terminar a edição do romance e escrever novos contos. O desânimo se instalou, minha irritabilidade está no auge e a decepção é quase insuportável. Sinto-me sobrecarregada pela sensação de fracasso.

Sobrecarga

Estou tentando ser gentil comigo mesma, aceitando essas emoções e praticando a gratidão. Busco momentos de alegria na natureza, conecto-me e passo tempo com pessoas queridas. Minha mente parece acomodada a essa rotina mais leve sem o compromisso de escrever, de editar, de coordenar atividades de leitura.

Quero ter esperança de que a vida retorne a uma mistura agradável de rotinas que eu amo e novas experiências que posso desfrutar. Espero recuperar o sentimento de autoaceitação e confiança em mim mesma.

Será que isso não poderia acontecer um pouco mais rápido?

Foto de Jesse Bauer na Unsplash

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