Um terreno onde reinamos soberanamente

À escrivaninha. 23oC lá fora. Primavera fresquinha, com direito a céu nublado, mas não menos radiante.

Foi a partir dos sessenta que passei a avaliar minha reação a estímulos externos e internos. Tenho refletido bastante sobre como e onde quero gastar meu tempo e minha energia física e mental. Meus instintos parecem mais aguçados. Tornei-me mais observadora. O aprendizado nunca termina. 

Ultimamente, o blog tem se transformado em um espaço de reflexão sobre o meu envelhecimento. Costumo escrever sobre as questões que me importunam. Ou que me alegram. Neste espaço não me importo de falar e escrever sobre mim, embora não considere necessário mostrar tudo sobre minha vida ou meus pensamentos. Apenas o necessário. O útil. O que a alma julga ser apropriado. Há razões para tal, que o próprio coração desconhece (ou prefere não saber). Nossos segredos mais profundos devem ser o que são: segredos.

A blogosfera dificilmente irá morrer. As redes sociais são passageiras. Com um tempo de início, apogeu e decadência. Os blogs estão na web há muito tempo. Não acredito que seja ou será uma ferramenta ultrapassada. Justamente por ser um terreno particular, onde o proprietário faz e cumpre, ou descumpre, as próprias leis.

E, neste nosso território, contamos nossas histórias e reinamos soberamente.

Foto: gajus-images em Canva


Este post participa do #Literoutubro, cuja proposta é escrever um texto sob o tema disutópicos, a fim de explorar ideias de sociedades perfeitas ou falhas, e as tensões entre o desejo de utopia e a realidade de distopias. O tema de hoje: TERRENO.

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