À escrivaninha. 21°C lá fora. Dia frio e nublado, com chuvinhas ao longo do dia.
Completei 63 anos, mês passado. O dia de meu aniversário foi calmo e alegre. Recebi mensagens com felicitações. Comemorei com as meninas, em casa, em meio à pandemia, com bolo e vinho. Agradeço intensamente por isso.
Vejo a vida como frágil e finita e considero uma dádiva especial cada ano novo conquistado. Olho para o futuro e desejo ser mais criteriosa com os meus dias restantes. Decidi colocar minha energia apenas no que mais importa para mim. O envelhecimento é um processo rápido. Você passa a ser mais seletivo com sua energia. Você não se ocupa com algo que seja um mero desperdício de tempo.
Então, vocês fiquem bem de olho só na coisa mais básica da vida: a gente morre! E façam exatamente o que lhes der na telha. Uma coisa eu garanto procês: vocês vão viver tudo, até acabar. E ao fim e ao cabo, é esta a única coisa que importa, viram? (Lucia Freitas)
Meu corpo está mudando, e, consequentemente, meus sonhos e objetivos também. Tento encontrar novas maneiras de ativar meu corpo, mente e espírito. Meus interesses concentram-se mais em consumir cultura. Gosto de assistir a musicais, filmes e a séries. Quero aprender um novo idioma. Amo participar de um clube do livro virtual. Sinto prazer com o simples ato de criar posts para este blog.
Após os 60, tornei-me mais observadora da vida. O tempo voa. Tenho passado muito tempo, em minha escrivaninha, lendo e refletindo sobre esta fase da vida. Agora eu posso desfrutar um pouco de paz e tranquilidade.
Envelhecer não é tão fácil, mas a vida é boa. Todo dia é precioso. Quero contar as minhas bênçãos diárias.
Obrigada, Deus, família e amigos.