À escrivaninha. 32°C lá fora. Tarde quente e agradável. O silêncio no apartamento é quebrado, de vez em quando, por uma sucessão de espirro na janela em frente. Vim escrever na sala…
Estou atrasada neste projeto de escrita, mas vou até o fim. Para o vigésimo post participante , vou compartilhar uma crônica — vou chamar assim — relacionada a meu cantinho de escrever e de viver.
Moro em um apartamento aconchegante, e, nele, o lugar em que mais gosto de me isolar é o meu quarto, onde passo grande parte do tempo.
E, nem vejo o tempo passar.
Costumo fazer várias coisas nesse cantinho. Conversar ao celular e me comunicar com pessoas amigas; ler e pesquisar coisas relacionadas com o trabalho da escrita de romance; escutar música enquanto escrevo capítulos da minha nova história, cartas para a newsletter Aprendiz de escritora, posts para este blog, e para as redes sociais. Basicamente, vivo online, à escrivaninha.
Eu gostaria que minha casa tivesse uma biblioteca
Embora eu esteja bem perto da natureza verde, minha varanda da sala dá para outro bloco do condomínio, e eu só vejo janelas. Da janela do quarto onde escrevo e onde durmo, tenho uma vista para um playground onde crianças brincam. Curiosamente, não há ninguém lá agora.
Minha casa, para mim, é, principalmente, o lugar onde passo a maior parte do tempo, onde recebo pessoas que me são queridas, o lugar onde estão meus pertences e em que trabalho e descanso.
Mas, se fosse para sonhar, eu gostaria de ter uma biblioteca! Com aquelas estantes que ocupam um cômodo inteiro! Talvez eu nunca mais saísse de lá.
Meus fantasmas
De vez em quando as portas e as janelas batem, sozinhas. Aqui venta muito! Mas, quando isso acontece, tenho a impressão de que não estou realmente sozinha, mas deve ser só impressão. Mesmo assim, para tirar todas as dúvidas, saio abrindo as portas e fechando as janelas. E olho pra ver se encontro algo, mas não acho nada nem ninguém.
Não há nada mais absurdo do que procurar fantasmas onde eles talvez não existam, (talvez eu seja um deles). Mas, tomo as minhas precauções pois a fantasia, mais do que a realidade, é responsável por coisas absurdas.
E, como não os encontro (os fantasmas), prendo as portas e cortinas para que não batam mais, e volto para o meu cantinho: o quarto onde trabalho, o que tem uma janela, que, como a varanda da sala, dá pra um condomínio cheio de outras janelas.
A ventania, quando entra na casa, levanta as cortinas e acende minha imaginação.
E lá vou eu, procurando meus fantasmas. Quem sabe rendam boas histórias para incrementar as cenas do capítulo do meu romance, que teima em não querer se escrever.
* Este post faz parte do BEDA – Blog Every Day (April/August), um projeto coletivo em que os blogs se propõem a postar todos os dias do mês. Ele pode acontecer em Abril e/ou em Agosto.
Você falou que está atrasada e eu me perdi nessa semana estranha em que tantas coisas aconteceram. Um sofoco! Mas eu consegui avançar. Hoje estou colocando tudo em ordem e em dia. aff
Eu moro num lugar agradável e tenho minhas caixas de livros. Gosto imenso disso. Mas de Biblioteca eu prefiro as da cidade. Adoro sair e ir até lá, pedir livros e sair com eles em mãos. Em casa, eu prefiro apenas as pilhas de livros que em algum momento precisam ser desfeitas. rs
bacio
É para ser prazeroso, amiga. Vou postar até o último dia do mês. E tá tudo bem se pulamos uns dias.
beijo, menina