À escrivaninha. 22°C lá fora. Céu nublado e uma brisa fria entra pela janela. A chuvinha ainda está por aqui. Os passarinhos estão bem animados hoje.
Percebo que tenho usado muito de meu tempo tentando atender às necessidades dos outros. Entendo que há áreas da minha vida que são minha responsabilidade, e outras, não. Então, já é hora de voltar a me concentrar em mim e deixar ir o que não é de minha competência. Respeitar os limites de até onde eu quero ir e o que eu quero fazer deixa a vida mais leve.
Hoje fui chamada de Fifi – pessoa fofoqueira que se mete em tudo. Isto me fez refletir em como certas atitudes incomodam outras pessoas. E percebi que preciso retornar ao exercício do silêncio e ao refúgio da invisibilidade. Manter “espaços” separados, respeitar as minhas necessidades e as das meninas, não é apenas necessário. É obrigatório para relacionamentos saudáveis.
As meninas não precisam mais de mim, como antes. Encarar o fato de que são pessoas capazes de tomar decisões é imprescindível para me manter saudável de corpo e alma. Quando me esqueço disto e me preocupo com algo que não é de minha alçada, o estresse volta. Tem sido uma jornada, mas estou atenta para não ser aquela pessoa controladora que costumava ser.
Preciso, mais uma vez, reavivar a decisão de tomar algum tempo para mim. Colocar-me como prioridade. O autocuidado não é egoísmo; é essencial para que possamos funcionar bem e apoiar quem amamos.
Tirar mais tempo para mim inclui mais leituras, não só as do clube do livro, mas as minhas favoritas. Inclui, também, o retorno a minhas aula de ginástica, a que tenho negligenciado. Exercitar-me, depois do café; cozinhar receitas diferentes para mim, e assistir a algo, na tevê, a tarde inteira.
É importante que eu me mantenha ocupada com leituras, culinária, música, jogos e blogs. Essas coisas são pequenas, mas eficazes para melhorar o meu humor e para eu deixar de ser a Madame Fifi.
A vida é bela, e é mais divertido ser a Madame Feliz…
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