A escrivaninha. 24°C lá fora. Parece que a noite está agradável.
Ano passado, minha amiga me presenteou com um caderno. “Para você escrever. Eu sei que você gosta de escrever”, disse-me ela. Confessei-lhe que não escrevia mais e que havia fechado o blog.
Entretanto, ao olhar o caderno, decidi voltar a escrever. Aleatoriamente, sem me preocupar com julgamentos ou me sentir desconfortável com meus pensamentos. Não é para isso que um diário serve?
Meses depois, escrevendo regularmente no caderno, eis-me de volta ao mundo dos blogs. Parece contraditório, mas surpreendo-me retornando a algo que abandonara, com interesse reavivado.
Recomeçar é uma de minhas incongruências.
Reiniciar este projeto de escrita tem sido prazeroso. Imagino um lugar em que eu não precise ser outra coisa, a não ser exatamente quem eu sou. Um lugar completamente meu. Assim é o meu caderno-diário. Assim é o meu blog.
Aos 62 anos, aprendi que as coisas acontecem inesperadamente. O futuro é, indubitavelmente, incerto. Viver o momento presente e focar em um dia de cada vez exige esforço consciente.
A melhor maneira de capturar momentos é prestar atenção no presente. É perceber o que acontece ao nosso redor e dentro de nós. Permanecer no momento presente.
Todas as manhãs, à escrivaninha, tomando uma xícara de café, observo a luz do dia entrando pela vidraça da janela.
E então, escrevo…
Imagem: Pexels
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