À escrivaninha. 30ºC lá fora. Inverno, no Rio, com calor, paradoxalmente. Só tenho blusas de alças ou com mangas curtas. Se esfriar, o que parece pouco provável, precisarei de sobreposições e casacos.
Sou bastante minimalista com vestuário. Sinto-me bem desleixada ultimamente. Penso que devo me arrumar, mesmo que não vá à esquina, em tempos de distanciamento social. Apenas nos dias de reunião do clube do livro virtual, tenho tido este cuidado.
Tenho aceitado saudável e naturalmente meus grisalhos. Acredito que será assim, quando as rugas chegarem. Viver natural e frugalmente. Respeitar a nossa essência é o jeito mais sábio de construir uma maneira de viver.
Sigo com o aprendizado de exercitar o silêncio. Confesso, é bem difícil, mas traz benefícios à alma. Ando obcecada com o silêncio. Silêncio puro. Silêncio interrompido, apenas, pelo canto dos pássaros.
Gosto do silêncio da noite, quando os humanos se recolhem. E da manhã, quando ainda não despertaram. É preciso concentração para ouvir os “sons da natureza não humana”.
” Às vezes o silêncio é a melhor resposta da verdadeira sabedoria” – Cassie Nightingal. Good Witch
A série Good Witch é um conto mágico. Quando me permito ouvir minha intuição, sou meio Cassie, minha bruxinha preferida. Eu viveria feliz na Casa Cinza. A magia de Cassie é pura atenção a detalhes que as pessoas deixam escapar. Sua doçura e sabedoria é singular.
Exercícios de alongamento e chá de camomila é o máximo que consigo como hábito para relaxar. Aprendi, há muitos anos, a não ficar estressada antes, durante e depois de uma situação limite. Ainda assim, surpreendo-me preocupada com algo fora de meu poder de resolução.
“A cada dia basta o seu mal”. Não preciso me inquietar pelo que está por vir, ou pelo que parece fugir ao controle. Eu estou consciente de que não controlo o futuro, por mais que me esforce. Então, preciso aprender a confiar em minha intuição e evitar possíveis problemas.
Estou me tornando uma pessoa virtual. Navego bastante, nos meus momentos sozinha. Leio sobre os assuntos que me interessam. Converso com amigos do outro lado do mundo. Compartilho coisas sérias e rio das futilidades, algumas vezes.
A vida é curta e imprevisível, e há coisas mudando o tempo todo. Aceitar isso traz paz de espírito. Chega de lutar pelo que não pode ser mudado. A maturidade nos ensina a não manter expectativas exageradas.
Aprecio e abraço a magia do silêncio. Esta é uma sabedoria alcançada.
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